quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Região Serrana

Rises to 359 the number killed in the mountainous region of Rio


- O número de mortos na Região Serrana do Rio em razão dos deslizamentos de terra causados pela chuva subiu mais uma vez e já chega a 359. A presidente Dilma Rousseff já saiu de Bbasília em direção ao Estado para sobrevoar a região na manhã desta quinta-feira e deve disponibilizar R$ 780 milhões para as áreas atingidas por desastres.


A prefeitura de Petrópolis acabou de confirmar que chegam a 39 o número de mortos na cidade. Três corpos foram resgatados nesta manhã na região de Cantagalo. Em Nova Friburgo, o número de mortos chega a 168 e Teresópolis já são 152 falecimentos.


A Secretaria de Saúde afirma que até este momento a Defesa Civil estadual não tem um balanço, mesmo que parcial, do número de pessoas desabrigadas e desalojadas, uma vez que militares da corporação ainda estão em campo, ajudando os municípios mais afetados e socorrendo vítimas.


Doações. A Prefeitura de Teresópolis abriu uma conta corrente para que sejam feitas doações para as pessoas afetadas pelo mau tempo. As doações podem ser feitas no Banco do Brasil, na agência 0741, conta corrente 110000-9. Alimentos, roupas e itens de higiene pessoal podem ser entregues no Ginásio Pedrão, na Rua Tenente Luiz Meirelles, 211, Várzea.


Nesta sexta-feira, 14, será instalado em Nova Friburgo o hospital de campanha solicitado pelo governador Sérgio Cabral. Desde a noite de quarta-feira, a Secretaria de Saúde e Defesa Civil estaduais estão montando também em Teresópolis outro hospital de campanha.


Hoje, a Petrobrás enviará helicópteros que serão utilizados em operações de busca nas áreas rurais e de difícil acesso em Nova Friburgo, enquanto a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) enviará caminhões-pipa aos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo para o auxílio imediato no abastecimento de água à população.


Mata Atlântica. A região serrana é formada por montes cobertos pela Mata Atlântica, onde os solos são mais instáveis e mais propensos a deslizamentos. A construção de casas e prédios em vales, próximos a rios, também facilita as formação de enchentes. Em 1988, um temporal havia deixado 171 mortos em Petrópolis, na maior tragédia provocada pela chuva na região serrana até hoje.


Famílias inteiras morreram com a força da enchente ou com deslizamentos. Em alguns pontos, rios subiram até 5 metros e invadiram casas enquanto os moradores dormiam. Centenas de casas foram varridas pela terra que desceu as encostas, arrastando árvores e pedras.


Com ruas e estradas bloqueadas, equipes de buscas têm dificuldade para remover corpos ou tentar resgatar moradores presos sob escombros. A pedido do governador Sérgio Cabral, a Marinha colocou à disposição dois helicópteros para transportar homens e equipamentos do Corpo de Bombeiros para a região serrana. Partes das três cidades ficaram sem água, telefone e energia elétrica.


Teresópolis. Até agora, Teresópolis foi o município que registrou o maior número de mortes. A prefeitura decretou estado de calamidade pública e informou que mais de 2 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. "É a maior catástrofe da história do município", declarou o prefeito Jorge Mário Sedlacek.


Segundo a Defesa Civil, 17 bairros foram atingidos por enchentes e deslizamentos. A área mais afetada foi a periferia da cidade, nas regiões conhecidas como Caleme, Poço dos Peixes, Posse e Granja Florestal. Cerca de 800 homens trabalham em equipes de resgate e atendimento aos desabrigados. Moradores tentavam encontrar parentes e carregavam corpos encontrados sob a terra. Uma igreja da cidade foi usada como local para que os mortos pudessem ser reconhecidos.


Nova Friburgo. No município de Nova Friburgo, três bombeiros que tentavam resgatar moradores de um prédio que havia desabado foram soterrados. A cidade ficou praticamente sem comunicação durante todo o dia de quarta-feira, com linhas de telefonia fixa danificadas e sistema precário de telefonia celular. Uma encosta do município desmoronou e a lama invadiu a Igreja de Santo Antônio. O teleférico de Nova Friburgo, um dos pontos turísticos da cidade, também foi tomado pela terra.


Petrópolis. Em Petrópolis, a região mais atingida foi o Vale do Cuiabá, no distrito de Itaipava. Condomínios de classe média-alta, pequenas casas e pousadas foram invadidos rapidamente pela água dos rios Santo Antônio e Cuiabá, que subiram até 4 metros acima do nível normal. Nesta região, só em um sítio, 14 pessoas morreram. A força da enxurrada derrubou construções e, segundo a prefeitura, o número de vítimas pode passar de 40 apenas no Vale do Cuiabá.


O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, sobrevoou a região e visitou as áreas atingidas. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, também estiveram nas cidades. A presidente Dilma Rousseff anunciou que sobrevoaria os locais nesta quinta-feira. O governador Sérgio Cabral, que está fora do País, também deve visitar as cidades nesta quinta.


Em pouco mais de 24 horas, o volume de chuva na região - especialmente em Nova Friburgo - superou em 30% os índices pluviométricos registrados em todo o mês de janeiro do ano passado. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia é de chuva moderada ou forte na região serrana até o fim da semana.


Rain, mudslides in Brazil kill 257 with death toll expected to rise as rescue efforts continue

Torrential rain, mudslides in Brazil kill 257


Rescuers used heavy machinery, shovels and bare hands to dig through debris in a search for survivors Wednesday. It was not immediately clear how many people were rescued. At least 50 remained missing, and officials feared that figure would rise.


In Teresopolis, a town 40 miles (65 kilometers) north of Rio, the rain overflowed creeks and flash floods swept over already water-logged mountainsides. Brick and wooden shacks built on hillsides stripped of trees, washed away in surging earth and water, leaving behind only a long trail of rusty red mud.
Heavy rains and mudslides kill hundreds of people across Brazil each year. Especially punished are the poor, whose rickety homes are often built on steep inclines with little in the way of foundations.
At least 130 people died in Teresopolis, the local Civil Defense agency said. The mountains saw 10 inches (26 centimeters) of rain fall in less than 24 hours.
Floodwaters continued to gush down the mountains Wednesday, though the rainstorm had ended. Survivors waded through waist-high water, carrying what belongings they could, trying to reach higher ground. Many tried desperately to find relatives, though phone service was out in the region and many people were still missing hours after the rain stopped.
"There are so many disappeared _ and so many that will probably never be found," said Angela Marina de Carvalho Silva, who believes she may have lost 15 relatives to the flood, including five nieces and nephews.
"There was nothing we could do. It was hell," she said in a telephone interview.
Carvalho Silva took refuge in a neighbor's house on high ground with her husband and daughter, and watched the torrential rain carry away cars, tree branches and animals and tear apart the homes of friends and family.
"It's over. There's nothing. The water came down and swept everything away," said her husband, Sidney Silva.
In the neighboring mountain town of Nova Friburgo, at least 107 people died, according to an e-mailed statement from the Rio state Civil Defense department. Among the dead were four firefighters who were helping in the rescue effort. Three other firefighters were listed as missing after their fire truck was hit by a mudslide.
With the new disasters, more than 300 people have died since Christmas across the southeastern portion Brazil.
President Dilma Rousseff signed a measure Wednesday sending $461 million to towns in Rio and Sao Paulo states that were damaged during the recent rains. The money will go to repairing infrastructure and preventing future disasters.
The president planned to fly over the most severely damaged parts of Rio on Thursday.
The mayor of Teresopolis, Jorge Mario Sedlacek, decreed a state of emergency, calling the calamity "the worst to hit the town." About 800 search-and-rescue workers from the state's civil defense department and firefighters dug for survivors.
In neighboring Petropolis, 20 people were confirmed dead by the Rio state Civil Defense department.
The death toll in the region was expected to rise as firefighters reach remote valleys and steep mountainsides where neighborhoods were destroyed, Teresopolis's mayor said. About 1,000 there were left homeless.
"This is the largest catastrophe in the history of this town," Sedlacek said in an interview with Globo TV.
Heavy rainfall also caused havoc earlier in Minas Gerais state north of Rio, where 16 people died in the past month and dozens of communities are in a state of emergency.
In Sao Paulo, flooding paralyzed main thoroughfares in the capital city since Sunday and 21 people died in collapsed homes, mudslides and flooding throughout the state.
Rio state Gov. Sergio Cabral called on the navy to lend helicopters to firefighters working as rescuers.
"We mourn the loss of lives in this tragedy caused by the rain," Cabral said in a statement.
The storm ended Wednesday morning, but the water-logged terrain remained unstable and a threat to communities perched on the sheer hillsides.



Número de mortos na Região Serrana do Rio sobe para 96

A chuva que castigou a Região Serrana do Rio na madrugada desta quarta-feira já deixou pelo menos 96 mortos. O número inclui mais nove mortes confirmadas pela prefeitura de Petrópolis nesta quarta-feira, onde o número de vítimas chega a 18. Só em Teresópolis são 71 mortos.

 O prefeito Jorge Mário decretou estado de calamidade pública no município. O Corpo de Bombeiros confirma até o momento mais duas mortes em Petrópolis, e sete em Friburgo, entre eles quatro bombeiros que faziam uma operação de resgate. O grupo estava em uma viatura que se deslocava para prestar socorro a vítimas da chuva quando foi soterrada por um barranco que desabou.

Segundo o Corpo de Bombeiros, não há comunicação com o batalhão de Nova Friburgo, já que todo o município está sem energia. Ainda não há um balanço oficial dos estragos provocados pela chuva e há a possibilidade de que o número de vítimas seja ainda maior.

Na tarde de terça-feira, um homem de 64 anos e a uma criança de sete anos morreram após o desabamento de um imóvel na rua São Roque, no bairro de Olaria. Um bebê foi resgatado com vida dos escombros, além de um menino de 10 anos. Uma sétima vítima, segundo os bombeiros, teria morrido no bairro Vila Amélia. Mais de dez famílias ficaram desabrigadas ou desalojadas.

O vice-governador, Luiz Fernando Pezão, informou que a situação é muito grave na Região Serrana. Ele disse que mobilizou todos os helicópteros do governo, inclusive das polícias civil e militar, para levar bombeiros e equipamentos para as regiões mais castigadas pelas chuvas.

O coordenador da Defesa Civil de Friburgo, coronel Roberto Robadey, disse que o município registrou pelo menos 30 deslizamentos de terra nas últimas horas. Segundo ele, o volume de chuvas chegou a 260 mm em 24 horas, enquanto em todo o mês de janeiro o volume foi de 180 mm.

O fornecimento de energia elétrica foi interrompido na cidade, as ruas estão inundadas, e não há comunicação. Cerca de 60 homens da Defesa Civil atuam no resgate das vítimas.  Situação também é caótica em Teresópolis

E em Teresópolis, as chuvas da madrugada já provocaram pelo menos 48 mortes, segundo o prefeito Jorge Mário. A cidade também está sem energia elétrica e muitos bairros ficaram isolados. Na BR-116, no trecho que liga o Rio a Teresópolis, há várias interdições. O trânsito está interrompido no trecho entre Teresópolis e Além Paraíba, nos dois sentidos. Deslizamentos aconteceram nos quilômetros 19, 54 e 55. Já no quilômetro 79, um caminhão foi soterrado. Não há informações sobre vítimas.

Uma árvore caiu e faz com que o trânsito siga em meia pista na BR 040, Rio-Juiz de Fora, no sentido Rio, no quilômetro 52. Trânsito também em meia pista nos quilômetros 12 e 41, por causa de barreiras que caíram. No quilômetro 9, uma pedra rolou e metade da pista teve que ser bloqueada, mas já foi liberada.        

Prefeitura divulga nota oficial

A prefeitura de Teresópolis divulgou nota oficial sobre a tragédia das chuvas. Confira na íntegra:

''As fortes chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro na noite da última terça-feira e madrugada desta quarta-feira causaram muitos estragos e mortes na cidade de Teresópolis. Já são 17 bairros atingidos. Até o momento, de acordo com a Defesa Civil, foram contabilizadas 48 mortes. Os óbitos ocorreram nas localidades de Poço dos Peixes, Parque do Embuí, Barra do Embuí, Fazenda da Paz (bairro Posse), Vale Feliz, Jardim Serrano, Granja Florestal, Caleme e em Bonsucesso, na zona rural do município. A Defesa Civil de Teresópolis divulgou que já chega a 500 o número de desabrigados e desalojados no município.

O prefeito de Teresópolis, Jorge Mario, está sobrevoando a cidade para fundamentar um relatório para fazer o pedido de declaração de situação de emergência. O secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Flávio Castro, está com as equipes da Defesa Civil trabalhando no resgate de vítimas, na identificação de áreas de risco e orientando os atingidos a se dirigirem para os abrigos preparados pela Prefeitura. São 800 homens entre integrantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, trabalhando para encontrar desaparecidos e encaminhar os desabrigados. 

A orientação é para que os desabrigados se dirijam para o Ginásio Pedrão, localizado na Rua Tenente Luiz Meirelles, 211, Centro, com capacidade para 200 pessoas,  e para um galpão situado na Rua Tamoio, s/n, no bairro do Meudon, onde cabem 400 pessoas. As escolas dos bairros atingidos também estão acolhendo as vítimas.

O município ficou sem energia desde 2h da manhã e o serviço começou a ser restabelecido por volta de 8h30 da manhã desta quarta-feira, mas alguns bairros seguem sem o fornecimento de energia. A Prefeitura de Teresópolis está recebendo doações de alimentos não perecíveis, água, roupas e cobertores. As doações podem ser entregues no Ginásio Pedrão. Informações também podem obtidas pelo telefone da Defesa Civil: 199''.



Chuva dá trégua em Friburgo

A chuva deu uma trégua no município de Friburgo na manhã desta quarta-feira, mas a situação ainda é bastante crítica na cidade. O nível do Rio Bengalas, que subiu durante a madrugada, inundando várias vias da cidade, já baixou, mas há muita sujeira e lama espalhadas por diversas partes.

Falta luz na região e o funcionamento do transporte coletivo está bastante precário. Segundo moradores, os ônibus não circulam em diversos pontos. O serviço de telefonia também está prejudicado.

“A situação está caótica. É lama por toda parte. Estou ilhada no meu apartamento. A água tomou conta do primeiro andar da garagem do meu prédio e quase inundou o segundo. Não consigo sair de casa para trabalhar”, disse a gerente comercial Mirian Manhãs, moradora do centro de Friburgo.

Segundo ela, boa parte do comércio da cidade também está fechado. “A gente está tentando acompanhar a situação pelo telefone, mas até isso está difícil porque a ligação, quando consegue completar, cai toda hora. O comércio está de portas fechadas. Os poucos que conseguem chegar às lojas só podem trabalhar para tirar a lama que invadiu tudo”, acrescentou.

A prefeitura montou um hospital de campanha para prestar atendimento aos feridos nos desabamentos. O relações públicas do Corpo de Bombeiros, tenente coronel Alex Rocha, informou que cerca de 70 homens de quartéis da capital fluminense foram deslocados para a região para dar suporte no resgate de vítimas.

O governador Sérgio Cabral determinou, na manhã desta quarta-feira, que todas as secretarias e áreas operacionais do estado do Rio de Janeiro intensifiquem o trabalho que já estavam realizando, por conta das fortes chuvas dos últimos dias, junto aos municípios da Região Serrana.

Por orientação de Cabral, o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, fez um sobrevoo na região. As equipes das secretarias de Saúde e Defesa Civil, Obras, Assistência Social e Ambiente estão atuando nos locais atingidos.

Nesta manhã, o governador solicitou ao comandante da Marinha, almirante Júlio Moura, aeronaves para o deslocamento de mais tropas e equipamentos do Corpo de Bombeiros, o que será providenciado pela Marinha. Na manhã desta quinta-feira, Cabral irá à Região Serrana.

 

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