sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Disfunção Erétil

Na região Sul, 50,7% dos homens sofrem com disfunção erétil
De acordo com levantamento da SBU 44% da população masculina brasileira tem problemas eréteis.

Através de uma iniciativa inédita da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em parceria com a Eli Lilly do Brasil, o Movimento pela Saúde Masculina, caravana itinerante que percorreu 22 cidades brasileiras entre os meses de março e setembro de 2010, atendeu 9.982 homens e atualizou os dados sobre disfunção erétil (DE) no Brasil. Segundo os dados coletados,50,7% dos homens acima de 18 anos da região sul do Brasil apresentaram algum grau de disfunção erétil, índice superior à média nacional, que é de 44%.
Na região, foram 1.322 homens atendidos pelo Movimento nas cidades de Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. Desses, 670 se queixaram de sintomas de disfunção erétil. Ainda com base nos atendimentos, o levantamento apontou que a disfunção erétil é, definitivamente, a principal queixa masculina referente à sexualidade.


Ainda muito ligada às questões da masculinidade, a disfunção erétil não pode ser tratada como algo secundário, já que, em muitos casos, ela é um indicativo de doenças ainda mais sérias, que podem comprometer a saúde masculina. Um balanço de todas as cidades pelas quais o Movimento passou apontou que dos 4.392 homens com algum grau de disfunção erétil que foram atendidos, 56% deles afirmaram ser hipertensos, 19% diabéticos, 13% têm colesterol alto e, ainda, 12% deles são cardíacos.
— Isso só comprova a preocupação que a SBU sempre teve em relação à doença. Além de afetar a autoestima masculina e prejudicar os relacionamentos afetivos, geralmente, a disfunção erétil pode estar relacionada a outros males e, portanto, os médicos, independente da especialidade, devem conversar com os seus pacientes e investigar com muita atenção as causas da doença — esclarece o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Modesto Jacobino.
Apesar de todos esses indicativos preocupantes, os homens brasileiros com DE ainda resistem em procurar ajuda médica. Apenas 23% deles fazem acompanhamento regular com urologistas, seja por preconceito e vergonha ou, simplesmente, por falta de acesso.
Se por um lado, a visita ao médico não é prioridade, por outro, o levantamento identificou uma característica tipicamente brasileira, a automedicação: 338 homens (9%) relataram que tomam regularmente medicamentos para disfunção erétil, sendo que 57% o fazem sem a orientação médica. Outros 925 homens (22%) afirmaram, ainda, que já tomaram medicamentos para DE, 70% deles sem a orientação médica.
A prática de exercícios físicos e o tabagismo são outros fatores que devem ser levados em consideração, embora a população masculina brasileira não os achem relevantes. Segundo o balanço da SBU, apenas 31% dos homens com disfunção erétil praticam exercícios físicos regularmente e 14% deles se declararam fumantes.
— Embora um índice relativamente pequeno, o tabagismo deve ser levado em consideração, já que os malefícios do cigarro são imensos e prejudiciais à saúde. Além disso, é imprescindível a prática de esportes, que proporciona bem-estar e aumenta a qualidade de vida das pessoas — enfatiza Jacobino. 

Tratamento
Hoje em dia, a disfunção erétil já tem tratamento, sem a necessidade de cirurgias. Desde a chegada do primeiro medicamento oral para DE, muitos avanços ocorreram nesse segmento. Atualmente, o mais moderno deles é o tratamento diário contra os problemas de ereção.
Recém-lançado no mercado brasileiro, o comprimido à base de tadalafila, que inibe a presença da enzima PDE-5 presente no pênis, facilitando a entrada do sangue nos corpos cavernosos e, consequentemente, a ereção, permite que os homens, ao tomar um comprimido diariamente, possam manter relações sexuais em qualquer momento do dia ou da noite, quando ele e sua parceira decidirem, além de terem de volta as ereções espontâneas.
— Definitivamente, essa é a grande inovação do segmento nos últimos tempos. O tratamento diário resgata a espontaneidade, já que deixa o homem apto para o sexo dia e noite, quando for o melhor momento para ele e sua parceira, fazendo com que ele esqueça a DE e retome sua vida sexual — explica o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia.



Disfunção erétil, antigamente chamada de impotência sexual, é o nome que se dá à incapacidade de manter uma ereção do pênis para uma satisfatória relação sexual. Viagra, na década de 1990, causou uma segunda onda de atenção sobre o tema, em boa parte devido à sua propaganda.
O termo latino impotentia coeundi descreve simplesmente a inabilidade para inserir o pênis na vagina. Este termo, atualmente, tem sido substituído por outro termo: disfunção erétil.

Causas da Disfunção Erétil
A disfunção erétil pode ter origem em diversos fatores, sejam eles físicos ou psicológicos. Muitas vezes é uma combinação de ambos. Causas da disfunção erétil:

Causas Físicas
Cirurgia: Intervenções cirúrgicas do intestino grosso, do reto ou da próstata e tratamentos de radioterapia na área pélvica podem danificar os nervos e os vasos sanguíneos e causar problemas de disfunção erétil (hello).
Problemas Vasculares: A arteriosclerose (endurecimento das artérias), derrame cerebral, fumo, hipertensão, problemas cardíacos e colesterol elevado são fatores que afetam a entrada e a saída do fluxo de sangue do pênis. A doença vascular é geralmente a causa mais comum da disfunção erétil.
Doenças Nervosas: Os problemas neurológicos incluem: lesão da medula espinhal, esclerose múltipla e degeneração dos nervos, derivados do diabetes ou do excesso de álcool.
Diabetes: O diabetes pode causar lesão dos nervos (neuropatia) e dos vasos sanguíneos (arteriosclerose) que levam o fluxo sanguíneo ao pênis. Dois em cada três homens com diabetes podem sofrer de disfunção erétil.
Doenças Crônicas: Ao ser diagnosticada uma doença crônica, consulte o seu médico e pergunte-lhe se esse problema pode afetar a sua saúde sexual.
Problemas Hormonais: Baixos níveis de hormônio podem causar disfunção erétil.
Efeitos Secundários dos Medicamentos: Existe uma vasta gama de medicamentos que podem originar problemas de Disfunção Erétil. Se estiver sendo medicado, e tiver problemas de ereção, pergunte ao seu médico sobre os possíveis efeitos secundários da medicação e quais as possíveis alternativas para solucionar o(s) problema(s).Um dos exemplos são os remédios contra a queda de cabelo.

Fatores Relacionados com o Estilo de Vida
Álcool: A utilização excessiva (ainda que seja uma cerveja por dia) de bebidas alcoólicas pode reduzir imediatamente a capacidade de manter uma ereção satisfatória. A longo-prazo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar desequilíbrios hormonais constantemente.
Fumo: O uso abundante e/ou por um grande período de cigarros, charutos, etc., pode levar o usuário à disfunção erétil. Segundo o Dr. Carlos Manuel de Carvalho (Vida Integral, maio de 1992, pág. 18), com base em publicações internacionais, o fumo é a principal causa de Disfunção Erétil. Isso ocorre pela diminuição da pressão sangüínea na região peniana.

Tratamentos
O tratamento para disfunção erétil é individualizado de acordo com a causa apresentada pelo individuo - se de origem psicológica ou resultante de uma disfunção orgânica. Entre as opções disponíveis temos:
Medicamentos Orais: Os inibidores da fosfodiesterase 5 (PDE5) são uma classe de medicamentos orais (ex.: Viagra®, Cialis®). Apresentam-se como terapêuticos de primeira linha e uma possibilidade relativamente nova para o tratamento da disfunção erétil.
Aconselhamento Sexual / Terapia Sexual: Consultas com um psicólogo ou psiquiatra podem ajudá-lo a identificar, a compreender e a lidar com os problemas sexuais, bem como aprender a controlar as situações de stress durante o ato sexual, a aumentar os estímulos e focar a atenção no prazer e na intimidade do casal.
Autoinjeção Peniana: Medicamento que ao ser injetado pelo doente na parte lateral do pênis, antes da atividade sexual, vai aumentar o fluxo sanguíneo no membro e permitir sua ereção.
Terapia Intra-uretral: Cápsula de um medicamento que ao ser inserida na uretra aumenta o fluxo sanguíneo.
Prótese Peniana: A colocação de prótese peniana é sugerida ao doente quando nenhum dos outros tratamentos foi bem sucedido. É mais indicada para disfunção erétil de fundo orgânico, como diabetes, quando medicamentos orais ou injetáveis não são eficazes. A prótese peniana é um dispositivo inserido no pênis através de cirurgia. Estas proteses são constituídas de dois cilindros sintéticos que são colocados dentro dos tubos naturais que o pênis tem e que são conhecidos como corpos cavernosos de tal forma a ocupar 70% do espaço nestes corpos. Resta portanto, às mesmas artérias, que antes precisavam encher de sangue todo o cilindro cavernoso, o trabalho de preencher tão somente 30% do mesmo, tornando a ereção facilitada.

Psicologia
É comum os homens ficarem frustrados quando possuem uma disfunção erétil, especialmente os mais jovens. A psicologia visa fazer com que o paciente que tem disfunção erétil não se frustre.

     

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