segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Aécio Neves

Aécio Neves da Cunha (Belo Horizonte, 10 de março de 1960) é um economista e político brasileiro. Foi deputado federal pelo estado de Minas Gerais e presidente da Câmara Federal do Brasil no biênio 2001-2002.
Em 2002, Aécio foi eleito governador de Minas Gerais no primeiro turno. Foi reeleito, em 2006, também no primeiro turno, com 77,27% dos votos válidos. Com a reeleição, Aécio Neves em 2008 tornou-se o segundo governador a permanecer mais tempo no Palácio da Liberdade, só sendo superado por Benedito Valadares. Em 31 de março de 2010 Aécio Neves renunciou ao cargo de Governador para poder concorrer ao Senado Federal, sendo eleito em 3 de outubro do mesmo ano.
É graduado em economia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atuou na campanha de seu avô, Tancredo Neves, eleito governador de Minas em 1982. Quando o avô assumiu o cargo, convidou Aécio, então com 21 anos, para ser seu secretário particular. Em 1985, Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil de forma indireta, mas morreu, em 21 de abril, antes de tomar posse. Nessa época Aécio Neves foi nomeado presidente da Comissão do Ano Internacional da Juventude do Ministério da Justiça, liderando uma comitiva de 130 pessoas que foram a Moscou participar do 12º Encontro Mundial da Juventude e dos Estudantes. No período, foi também diretor de Loterias da Caixa Econômica Federal.
Representou Minas Gerais na Câmara dos Deputados por quatro mandatos. No primeiro quadriênio (1987-1991) participou da Assembleia Nacional Constituinte, na qual foi vice-presidente da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher e propôs a emenda que instituiu o direito de voto aos dezesseis anos. No segundo mandato (1991-1995), votou a favor do impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. Concorreu às eleições para prefeito de Belo Horizonte em 1992, mas o eleito foi Patrus Ananias. Em 1995, já no seu terceiro mandato (1994-1998) como deputado federal, foi eleito Presidente do PSDB mineiro. Em 1997, torna-se líder do partido na Câmara. Nas eleições de 1998, segundo o TSE, foi o deputado do PSDB mais votado no país.
Em fevereiro de 2001, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados com mais votos que a soma de todos os outros candidatos. Entre suas realizações, destaca-se a criação do Pacote Ético, que acabou com a imunidade parlamentar para crimes comuns; o Conselho de Ética da Câmara e o Código de Ética e Decoro Parlamentar. Em 23 de junho daquele ano assumiu, interinamente, o cargo de presidente da República.
O mandato de Aécio à frente da Câmara foi até dezembro de 2002, e ficou marcado por medidas que deram mais transparência às atividades da Casa, como a disponibilização das votações dos projetos de lei na internet. Com o objetivo de aproximar a Câmara da sociedade, Aécio também instituiu a Ouvidoria Parlamentar, responsável por encaminhar ao Tribunal de Contas da União, à Polícia Federal ou ao Ministério Público denúncias de irregularidades apontadas pela população. E mais: a Comissão Permanente de Legislação Participativa, que passou a permitir a apresentação de propostas de entidades civis para formulação de projetos que pudessem tramitar na Câmara.
Em 2002, candidatou-se ao cargo de governador de Minas sendo eleito em primeiro turno com mais de cinco milhões de votos. Implantou em Minas Gerais o Choque de Gestão, política que tinha o objetivo de reorganizar e modernizar o Estado, reduziu os custos do governo estadual, aumentando os investimentos na área social e em infraestrutura. O Choque melhorou a qualidade dos serviços e resultou em uma administração de excelência, comprovada por organismos internacionais como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. O Choque de Gestão de Segunda Geração ou Estado para Resultados, atualmente implantado em Minas, avança em relação ao primeiro e foca o planejamento no desenvolvimento do cidadão.
Aécio foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.

  

Aécio busca aproximação com Alckmin

Senador eleito por Minas vem a São Paulo e articula aliança que exclui Serra para se fortalecer na disputa entre tucanos mineiros e paulistas

Diante da disputa entre tucanos paulistas e mineiros pelo controle do PSDB, o senador eleito por Minas Gerais Aécio Neves começou uma articulação para se fortalecer internamente, ensaiando uma reaproximação com o governador eleito Geraldo Alckmin (SP).
No momento em que o PSDB discute a eleição da sua nova direção, que assumirá em maio, Aécio convidou Alckmin para um almoço em São Paulo. Depois, reuniu-se com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O candidato derrotado do PSDB, José Serra, não foi chamado.
Após o almoço com Alckmin, Aécio elogiou o governador eleito e disse que ele tem "dimensão política nacional" e "é uma das alternativas do PSDB no futuro", numa alusão indireta à disputa pelo Palácio do Planalto. A vitória de Alckmin o projetou novamente no PSDB, tornando-o uma espécie de fiel da balança na discussão em torno do candidato à Presidência em 2014.
Aécio e Alckmin começam a se alinhar na defesa sobre a reeleição do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, considerada uma alternativa "neutra" para dirigir a legenda a partir do ano que vem.
O nome de Serra chegou a ser ventilado por tucanos paulistas, mas lideranças nacionais, entre elas FHC, acham que a indicação alimentaria um racha interno.
Nesta segunda-feira, 6, Aécio defendeu que Serra componha um grupo de "notáveis", ao lado de FHC e Tasso Jereissati, para contribuir com a direção partidária.
Ao deixar a gravação do programa Roda Viva, logo após o almoço com Alckmin, Aécio desconversou sobre a presidência do PSDB: "Assim como não sou candidato, não tenho candidato."
Questionado se apoiaria a recondução de Guerra, disse que o senador se tratava de uma "alternativa viável". Sobre a indicação de Serra, afirmou: "Não há veto a qualquer que seja o nome."
Depois de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2008 sem o apoio de Serra, Alckmin aproximou-se de Aécio, que buscava a indicação para concorrer à Presidência. Um ano depois, Alckmin acabou aceitando convite de Serra para ser secretário de Desenvolvimento. A movimentação de Alckmin e Serra, que buscava unidade no PSDB paulista, desagradou Aécio. O mineiro chegou a comentar com aliados ter ficado desapontado com Alckmin, que não teria sequer lhe telefonado para contar a nomeação.
Na entrevista ao Roda Viva, Aécio afirmou que a candidatura à Presidência em 2014 tem de ocorrer com "naturalidade" e disse ser contra a antecipação da escolha do nome. Aproveitou e descartou disputar a presidência do Senado, citando que o PSDB não tem votos para a disputa.
Indagado sobre a aliança com o DEM e setores conservadores na eleição, Aécio disse que houve "retrocesso" na discussão sobre temas, como a descriminalização do aborto. "É uma luz amarela que acende, mais uma razão para atualizarmos o programa."

Encontro
Aécio e Alckmin debateram a pauta da reunião dos governadores eleitos do PSDB, adiada de quarta-feira para o dia 15, em Alagoas. O encontro foi remarcado para contar com os senadores, que tinham reunião no mesmo dia e não poderiam ir. 

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