sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Caixa ajudará PanAmericano em sua recuperação.

Se fosse outro banquéco qualquer, tipo os que já sumiram (Bandeirantes, Excel, etc.) eles iriam querer ferrar mais pra comprar a parte, mas a moral do SS supera tudo.


Caixa promete ajuda ao PanAmericano




A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, anunciou hoje em reunião com o apresentador Silvio Santos que a instituição vai ajudar na recuperação do Banco PanAmericano.
A ajuda virá de duas formas, segundo ela: a Caixa vai usar a rede do PanAmericano para comercializar sua linha de cartão de crédito para baixa renda e fornecerá mão de obra para o banco.
O novo presidente do PanAmericano, Celso Antonio da Costa, também participou do encontro.
Foi uma espécie de reunião informal do conselho do banco, que tomará posse no próximo dia 29. Maria Fernanda será a presidente do conselho.
Segundo um dos participantes da reunião, foi anunciada outra boa notícia para o PanAmericano: a sangria de clientes estancou.
Maria Fernanda disse no encontro que não têm o menor fundamento os rumores de que o PanAmericano será negociado rapidamente. A Caixa avalia que a venda neste momento derrubaria o preço do banco.


ENTENDA O CASO


O Grupo Silvio Santos, acionista principal do PanAmericano, anunciou que colocará R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis". O dinheiro virá de empréstimo do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
O BC descobriu que o PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.
A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao FGC. Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa Econômica Federal, que também faz parte do bloco de controle, não terá de arcar com a perda.
A Polícia Federal informou que instaurou, na semana passada, inquérito policial para apurar a eventual prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. O Ministério Público Federal informou que também vai investigar as transações do banco.


Folha de São Paulo 19/11/2010 16h57

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