Rio vai oficializar pedido para que Forças
Armadas continuem policiamento
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, vai oficializar nesta terça-feira o pedido para que as Forças Armadas continuem o policiamento nos recém-reconquistados territórios da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão até que seja possível instalar duas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nas comunidades. A expectativa é de que 2.000 homens da chamada Força de Paz do Ministério da Defesa fiquem responsáveis pela segurança dos locais até julho de 2011.
"Essas forças de paz tem papel importante porque as UPP's tem uma filosofia que passa por treinamento de novos policiais no complexo há contingente significativo para fazer o patrulhamento na comunidade. Esse contingente que faz patrulhamento ostensivo muito complicada na presença do crime e uma população tem enorme esperança dar todas as garantias", disse.
Ao lado do vice-governador Luiz Fernando Pezão, Cabral se reuniu na noite de segunda por mais de três horas com a presidente eleita, Dilma Rousseff, na Granja do Torto, residência oficial da Presidência cedida para a petista até a posse.
O governador deixou o encontro afirmando que Dilma considerou as ocupações nas duas comunidades na última semana positivas e que ficou claro que as UPPs são um "novo marco" na política de segurança do Rio e do país.
O governador negou que tenha tratado de recursos para as ações de combate ao crime organizado com a presidente eleita. Cabral disse que as ações estão garantidas financeiramente. "Nós temos os recursos nesse caso com apoio das Forças Armadas e para as implatações das UPP's. Esse apoio é importante e não precisa requisitar mais nada".
Cabral inagura nesta terça uma UPP no morro dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte.
Na reunião, Cabral disse que discutiu a questão de investimento em infraestrutura. "Nós temos o desafio de fazer no Rio nos próximos seis anos mais de três décadas de investimentos em saneamaneto, mobilidade urbana, investimento aeroportuária que diz respeito ao Rio e a São Paulo".
Folha de São Paulo MÁRCIO FALCÃO 30/11/2010 - 00h15
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Cabral oficializa pedido de tropasfederais em encontro com Dilma
Governador afirmou: Forças Armadas farão trabalho de patrulhamento.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, vai assinar na manhã desta terça-feira (30) o pedido para que tropas das Forças Armadas façam o patrulhamento da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão ao longo de todo o primeiro semestre do ano que vem. O anúncio foi pelo governador na saída do encontro que teve com a presidente eleita Dilma Rousseff, na noite da segunda-feira (29).
De acordo com o governador, a estimativa é de que cerca de 2.000 homens façam o trabalho de patrulhamento antes da entrada em operação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) que será instalada nos morros.
- Na retomada do território para o Estado, você passa um período com tropas de elite fazendo o patrulhamento e rastreando informações até a entrada da UPP.
No caso do Alemão, a grande novidade é a força de paz do Ministério da Defesa entrando nesse processo de transição. Cabral afirmou que, como se trata de um trabalho complexo de contenção da marginalidade após as episódios de violência registrados ao longo da semana passada, pediu ao governo federal que mantivesse as Forças Armadas na região para não prejudicar o cronograma de instalação das UPPs no Estado.
- As forças que hoje fazem o trabalho solicitado por nós fazem um trabalho de contenção. São várias entradas e saídas, cerca de 44, se não me engano. Outra coisa é o patrulhamento interno, como é feito no pré-UPP por pessoal nosso. Por força da nossa integração com o governo federal e para não prejudicar o calendário de instalação das novas UPPs, nós teremos a força de paz do Ministério da Defesa.
Voos lotados
O governador fluminense esteve em Brasília para dar informações à presidente eleita Dilma Rousseff sobre as operações em curso no Rio de Janeiro contra o crime organizado e aproveitou para pedir a manutenção da parceria entre os governos estadual e federal.
- Quando o Estado se articula, o poder marginal se assusta. A grande vitória dessa operação é que tivemos as polícias militar, civil e federal, além das Forças Armadas, auxiliando uma política de segurança do Estado. Não ficou aquela falsa dicotomia de que quando um entra o outro tem de sair. O cidadão é um só e está feliz porque viu as autoridades se entenderem.
Segundo Cabral, a parceria com o Ministério da Justiça também tem mostrado resultados. O governador afirmou que, quando assumiu o governo, em 2007, não havia nenhuma solicitação do Estado para que presos cariocas ficassem em presídios federais. Hoje, ainda de acordo com o Cabral, todos os presídios da União têm presos da milícia ou do tráfico.
No caso do Alemão, a grande novidade é a força de paz do Ministério da Defesa entrando nesse processo de transição. Cabral afirmou que, como se trata de um trabalho complexo de contenção da marginalidade após as episódios de violência registrados ao longo da semana passada, pediu ao governo federal que mantivesse as Forças Armadas na região para não prejudicar o cronograma de instalação das UPPs no Estado.
- As forças que hoje fazem o trabalho solicitado por nós fazem um trabalho de contenção. São várias entradas e saídas, cerca de 44, se não me engano. Outra coisa é o patrulhamento interno, como é feito no pré-UPP por pessoal nosso. Por força da nossa integração com o governo federal e para não prejudicar o calendário de instalação das novas UPPs, nós teremos a força de paz do Ministério da Defesa.
Voos lotados
O governador fluminense esteve em Brasília para dar informações à presidente eleita Dilma Rousseff sobre as operações em curso no Rio de Janeiro contra o crime organizado e aproveitou para pedir a manutenção da parceria entre os governos estadual e federal.
- Quando o Estado se articula, o poder marginal se assusta. A grande vitória dessa operação é que tivemos as polícias militar, civil e federal, além das Forças Armadas, auxiliando uma política de segurança do Estado. Não ficou aquela falsa dicotomia de que quando um entra o outro tem de sair. O cidadão é um só e está feliz porque viu as autoridades se entenderem.
Segundo Cabral, a parceria com o Ministério da Justiça também tem mostrado resultados. O governador afirmou que, quando assumiu o governo, em 2007, não havia nenhuma solicitação do Estado para que presos cariocas ficassem em presídios federais. Hoje, ainda de acordo com o Cabral, todos os presídios da União têm presos da milícia ou do tráfico.
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